Juíza suspende pesquisa eleitoral em Silva Jardim

Por Cezar Guedes em 14/11/2020 às 00:35:54
A juíza Daniella Correia, da 63a Zona Eleitoral, mandou suspender na quinta-feira (12), pesquisa de intenção de votos em Silva Jardim. A decisão acolheu aos pedidos do Ministério Público Eleitoral (MPE) e do PSDB. O principal motivo para a decisão judicial foi a falta de estrutura apresentada pela empresa D Art Promoções e Eventos, responsável por 400 entrevistas feitas no município entre os dias 3 e 4 de novembro, entre outras suspeitas de irregularidades.
Os questionamentos são variados: falta de idoneidade; falta de estrutura, métodos utilizados, registros de documentos, atividade econômica principal e capital social.
" Verifica-se que o endereço constante no CNPJ parece genérico, já que não consta sequer o número da residência ou prédio em que fica situada a referida empresa, informa o MPE, que não encontrou a localização da empresa no google maps.Além disso, a empresa apresenta outras irregularidades denunciadas pelo PDSB. A principal atividade da empresa é a "gravação de som e música". Para piorar a empresa, cujo capital social registrado é de R$ 15 mil, sequer é registrada no Conselho Regional de Estatística.
Mais suspeitas - Se a juíza levou em conta a infra-estrutura, o PSDB e também o MPE apontaram mais um motivo para a impugnação. Com uma estrutura reduzida, a D Art realizou em um mesmo dia, pesquisas simultâneas em Silva Jardim, Macaé e Santo Antônio de Pádua, perfazendo 1.400 entrevistas. Isso, segundo o advogado do PSDB, Paulo Mazzei corresponderia à "logística do Ibope ou de uma Data Folha".A pesquisa da D Art foi encomendada por Adilson Lopes da Silveira, "aliado de primeira linha do prefeito Jaime Figueiredo", segundo Mazzei.
Daniella Correia deu prazo de dois dias para a empresa apresentar seus dados. A D Art também terá que disponibilizar o acesso às suas planilhas, mapas ou equivalentes.
Comunicar erro
TV AO VIVO
Pontinha