Os encantos e as belezas do Palácio de Schönbrunn

O local foi residência do último governante influente da dinastia dos Habsburgo e posteriormente transformado em museu

Por Cezar Guedes em 13/12/2020 às 14:49:52
1918 era fundada a República da Áustria que se tornou proprietária do Palácio de Schönbrunn, posteriormente preservado como museu / GB Imagem

1918 era fundada a República da Áustria que se tornou proprietária do Palácio de Schönbrunn, posteriormente preservado como museu / GB Imagem

Final de ano, tempo de sonhar e planejar. Planejar o futuro e sonhar com dias melhores. Planejar as férias, ou apenas sonhar... Com a nova onda de Covid-19 que vem assolando várias partes do mundo, não é recomendado viagens longas e quando for viajar, seja para qual for o destino, nacional ou internacional, todos os protocolos sanitários de combate à pandemia devem ser observados e respeitados.

A Europa foi e continua sendo bastante afetada pela pandemia, mas devagar o continente com destinos turísticos maravilhosos tenta viver no novo normal e vai se adaptando.

Em se tratando de sonho, nada melhor que sonhar com um palácio de verdade, no qual já viveram reis e rainhas. Um destino para suas próximas férias pode ser Viena, a capital da Áustria, com uma visita inesquecível ao Palácio de Schönbrunn, que já foi residência da Imperatriz Sissi e seu marido, o Imperador Francisco José I, entre outros monarcas austríacos, sendo que a saga da Imperatriz Sissi foi tema de filmes e documentários.

O Palácio de Schönbrunn foi classificado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade; em conjunto com os seus jardins e parques é tido como exemplo da síntese das artes.

A história do Brasil também tem suas ligações com Schönbrunn já que, até o ano de 1817, a arquiduquesa D. Leopoldina de Habsburgo viveu no castelo e depois se casou com o nosso Imperador D. Pedro I, tornando-se a primeira imperatriz do Brasil e importante figura política na declaração de independência.

Para se entender a importância do Palácio de Schönbrunn é preciso debruçar-se sobre a sua história. Tudo começou em 1569 quando Maximiliano II, então imperador do Império Sacro Romano, comprou Katterburg, onde atualmente está Schönbrunn e seus maravilhosos arredores. Nesta época, havia no local uma espécie de zoológico, que abrigava animais selvagens, e o imperador primou por sua manutenção e ainda criou um jardim com plantas raras e exóticas. Batizado de Schönbrunn, que significa "bela nascente", nascia assim o embrião do jardim que seria um dos mais cobiçados do mundo moderno. O nome é por causa de uma nascente que abasteceu de água várias gerações da realeza vienense.

Em 1696, Leopoldo I decidiu construir um novo palácio e três anos depois foram realizadas as primeiras festas inaugurais. O tempo foi passando e cada monarca que por ali passou foi deixando suas marcas. Uma das maiores foi a Imperatriz Maria Teresa da Áustria que reformou tudo em estilo Rococó.

No entanto, foi o Imperador Francisco José I quem mais se apegou ao local, passando ali a maior parte de sua vida. Ele foi o último governante influente da monarquia austríaca e morreu num dos quartos de Schönbrunn, em novembro de 1916. Dois anos depois, era fundada a República da Áustria que se tornou proprietária do local, posteriormente preservado como museu. Não pode deixar de ser lembrada a Imperatriz Sissi; casada com Francisco José, algumas alas do palácio foram reformadas de acordo com seu gosto pessoal. A imperatriz morreu assassinada em Genebra no ano de 1898.

O Palácio de Schönbrunn é aberto à visitação. Em seus grandes jardins está localizado um labirinto público. Um bilhete único permite a entrada no labirinto e no conjunto de puzzles exteriores que incluem também a visita a várias fontes existentes ali.

Os Jardins Franceses são uma atração à parte; o conjunto todo compreende ruínas romanas e um magnífico laranjal, luxo reservado somente aos muito poderosos por isso considerado motivo de orgulho aos monarcas que habitaram o palácio.

Não deixe de fotografar a Ruína de Cartago, uma fonte, réplica de um templo de Cartago em ruínas, após ter sido tomada pelos romanos. Ela faz uma referência às conquistas dos Habsburgo, que comandaram o Sacro Império Romano-Germânico, considerado o "sucessor legítimo" do Império Romano.

Bem no alto do parque está a Gloriette, uma arquitetura em estilo Neoclássico de onde se tem uma vista maravilhosa do palácio e da cidade de Viena.

É bom lembrar que Viena não é apenas Schönbrunn; a cidade oferece aos visitantes um verdadeiro "banho de cultura", tudo regado à boa música e com uma gastronomia capaz de agradar a todos os paladares. Procure seu agente de viagens e programa uma vista aos vários palácios da capital da Áustria, para assim que a pandemia passar.

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