Deputado aponta suspeita de corrupção na gestão da pandemia em Rio das Ostras

Por Cezar Guedes em 26/05/2021 às 12:08:13

O presidente da Frente Parlamentar estadual que apura gastos dos municípios no Combate à Covid, Fillipe Poubel (PSL) protocolou na Secretaria Municipal de Administração de Rio das Ostras pedido de informações de todos os processos de licitação feitos no setor de saúde municipal durante a pandemia. Segundo o vereador há fortes suspeitas de superfaturamento. "Vamos ficar de olho para que este dinheiro retorne à população" declarou o deputado.

Para comprovar suas suspeitas, Poubel apresentou dados. Desde o início da pandemia, no ano passado, até agora, Rio das Ostras recebeu cerca de R$ 50 milhões. R$ 41,353 milhões vieram de repasses do Governo Federal, R$ 30 milhões somente em 2020. Transferências de recursos do Estado totalizaram cerca de R$ 11 milhões, sendo que a Assembleia Legislativa (Alerj) mandou mais R$ 1 milhão, fruto de cortes com gastos. "E você viu esse dinheiro sendo investido no combate à Covid! Acredito que não?", questionou Poubel.

Segundo o deputado, Rio das Ostras vive uma crise de gestão na saúde e o maior responsável é o prefeito Marcelino Borba (foto), o Marcelino da Farmácia. Em um vídeo, reproduzido nas redes sociais, Paubel elencou uma série de irregularidades.

Somente com máscaras descartáveis foram gastos R$ 1,6 milhão. Em aventais, também descartáveis, cerca de R$ 1 milhão. Ambas as compras, segundo ele, com dispensa de licitação. "Cada avental custou R$ 71". Pesquisando na Internet, o mesmo avental custa R$ 4,80.

Diante dos fatos, o deputado promete protocolar denuncias em todas as entidades de fiscalização de dinheiro público: Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Tribunais de contas.

Ultimamente, Marcelino vem culpando o presidente Jair Bolsonaro pelos problemas de saúde enfrentados em Rio das Ostras. Mas para Paubel, trata-se de um truque para enganar a população e desviar o foco de sua gestão. "Eu falo, afirmo e confirmo: a corrupção matou mais do que qualquer pandemia", finalizou .

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