Eleição em Silva Jardim: Duas vezes impugnado, Jaime Figueiredo joga a toalha e resolve lançar a mulher no pleito marcado para 12 de setembro

Por Cezar Guedes em 23/07/2021 às 10:00:34
Jaime já anunciou nas redes sociais que vai lançar Maria Branco - Foto: Reprodução/rede social

Jaime já anunciou nas redes sociais que vai lançar Maria Branco - Foto: Reprodução/rede social

Quinze dias após anunciar sua pré-candidatura a prefeito de Silva Jardim na eleição suplementar marcada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro para o dia 12 de setembro, o ex-vereador e ex-prefeito interino da cidade, Jaime Figueiredo (PROS), "jogou a toalha" e a expectativa no grupo que o apoia é de que seja lançada na disputa a esposa, Maria Branco Monteiro, que já está se apresentando nas redes sociais como Maria do Jaime. A questão agora é saber se o partido do casal, o PROS, poderá participar do pleito, uma vez que foi a legenda quem deu causa a anulação da eleição de 2020, na qual Jaime obteve 56,22%, mas teve a votação anulada por conta de uma barbeiragem dos dirigentes da legenda no município, onde o PROS, hoje presidido por Maria, estava em situação irregular.

Jaime esteve interinamente como governante até o dia 31 de dezembro, sua segunda interinidade. É que como presidente da Câmara ele assumiu Prefeitura em novembro de 2019 com a cassação da prefeita Maria Dalva. Figueiredo foi o mais votado em pleito suplementar realizado em março do ano passado, no qual não houve vencedor. Também por confusão partidária ele ganhou nas urnas, mas seus votos foram anulados, assim como ocorreu no pleito de 2020.

Dirigentes inábeis – Se Jaime Figueiredo pode ser visto como bom de voto, os dirigentes dos partidos escolhidos por ele para formar a chapa nas eleições do ano passado são apontados como, no mínimo inábeis. O PROS, não estava devidamente formado no município quando realizou convenção para apontar os candidatos a prefeito e a vereador, e o resultado não foi outro: dançaram o candidato a prefeito e os postulantes a mandatos de vereador.

Também em situação irregular estava o PSL, que fez aliança com o PROS, indicando a então vereadora Marcilene Xavier como candidata a vice. Em relação a essa legenda deu ruim antes mesmo da votação, e a vice teve de ser substituída e todas as candidaturas à Câmara Municipal foram impugnadas. Ao todo, no caso do PROS, a barbeiragem cometida pelos dirigentes da legenda no município custou cinco mandatos, o de Jaime Figueiredo e os candidatos a vereador Cleber do Mato Alto (695 votos), Rostan da Academia (587), Bebeto (567) e Dinha de Vivaldo (539 votos).

Em relação ao PROS o partido realizou sua convenção no dia 15 de setembro, só que na data a comissão provisória que forma o diretório municipal não tinha vigência. Quanto ao PSL, quando escolheu seus candidatos o diretório da legenda em Silva Jardim não tinha CNPJ e usou a inscrição do diretório de São João de Meriti.

Quanto a eleição suplementar de março de 2020 Jaime foi impugnado por não estar filiado ao PROS dentro do prazo mínimo estipulado por lei. Ele era vereador do PL e nessa condição tornou-se prefeito interino por ser o presidente da Câmara, mas saiu do partido para poder concorrer no pleito suplementar porque o PL já havia dito que não lhe daria legenda, uma vez que iria disputar a eleição com a ex-vereadora Zilmara Brandão.

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