André Cecliano X Washington Reis, uma disputa que lideranças da Baixada Fluminense gostariam de ver em 2022

Por Cezar Guedes em 20/09/2021 às 15:48:06

O primeiro está vivendo seu melhor momento na vida pública, cotado para concorrer ao Senado, até mesmo ao governo estadual. O segundo tem contas a acertar com a Justiça, uma condenação a sete anos e dois meses de prisão em regime semiaberto, sentença por crime ambiental já confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cuja execução vem sendo empurrada com a barriga com o uso de embargo sobre embargo, e agora com a troca de advogado.

O primeiro não tem hoje nada que o impeça a disputar um cargo eletivo em 2022. Já o segundo, mesmo tecnicamente inelegível, anda falando por aí que quer concorrer ao Senado e que para isso pretende deixar o mandato de prefeito logo no início do ano que vem. Quem acompanha seu processo no STF diz que o anúncio de candidatura seria um blefe para justificar a perda da cadeira com a execução da sentença. "Seria um argumento para usar com a sua claque, quando na verdade estaria sendo tirado do cargo e não saindo por vontade própria", avalia gente que entende do riscado.

Trata-se de André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa e Washington Reis (MDB), dois bicudos que não se beijam, apenas se toleram. O primeiro ocupa espaços que o segundo acha que são seus por direito, pois parece acreditar mesmo ser o que os que dele dependem o chamam, Rei da Baixada.

Amigos dos dois tentam convencer o segundo a jogar a toalha antes de entrar no ringue. Apostam alto no primeiro e sugerem uma saída honrosa ao prefeito de Duque de Caxias, pois acreditam que Washington, se não perder para a Justiça, será derrotado por André.

Porém, como tem prefeito na região querendo ver o circo pegar fogo, torcem para Reis seguir e em frente para vê-lo sendo jogado na lona por um gancho de esquerda de André.

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