Itatiaia: Tentativa de Dudu de empurrar meia chapa goela abaixo do TSE aconteceu depois de Jabá admitir fraude em acordo com MP

Previsto para ser encerrado amanhã (7) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento dos embargos de declaração referente ao indeferimento do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) da chapa majoritária da coligação "Pra Fazer Ainda Mais", composta pelo ex-prefeito de Itatiaia Eduardo Guedes, o Dudu, e o ex-vice Sebastião Mantovani, o Jabá, sofreu uma mudança de estratégia da defesa, que agora tenta dividir o indivisível, no caso a chapa, para separar Dudu de Jabá, que no começo deste ano "cortou as pernas dos advogados" ao celebrar um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) oferecido pelo Ministério Público.

No acordo o vice de Dudu acabou admitindo a fraude na convenção do PSL realizada em setembro do ano passado, quando ele foi escolhido para compor a chapa encabeçada por Guedes, em troca de não enfrentar um processo criminal e o risco de ir parar na cadeia. Isso porque a convenção do partido que compôs com o PSC foi marcada por assinaturas no livro de presenças de filiados que não compareceram ao evento e, inclusive, a falsificação da assinatura de uma filiada já falecida, crimes previstos no Código Penal.

Jamais cogitado pela defesa até o ANPP de Jabá, que depois do acordo com o MP ainda tentou sem sucesso renunciar ao processo almejando favorecer Dudu, o pedido de cisão da chapa não foi apreciado pelo ministro Mauro Campbell, relator do processo, conforme tentou Eduardo em junho deste ano, quando ingressou como assistente simples no processo pedindo ainda o adiamento do julgamento, o que também foi negado pelo magistrado.

Na semana passada, os embargos do processo do DRAP foram rejeitados por Mauro Campbell. Até o fim do expediente de ontem (5) edição restavam os votos dos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luis Felipe Salomão, Carlos Horbach e Sergio Banhos.

No documento assinado junto à 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, em Resende, consta que Jabá confessou: "Tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a quatro anos", diz um trecho do acordo.