Alanis Guillen e sua atuação em "Pantanal"

O remake da história de Benedito Ruy Barbosa está prestes a estrear e a atriz aparecerá em cena na pele de uma personagem que promete arrebatar o telespectador

Por Cezar Guedes em 16/03/2022 às 00:27:43
Juma e seu olhar de onça. Aliás na fazenda e região corre a lenda que ela realmente se transforma em onça, por isso ninguém se atreve a enfrentar a moça / João Miguel Jr-RG

Juma e seu olhar de onça. Aliás na fazenda e região corre a lenda que ela realmente se transforma em onça, por isso ninguém se atreve a enfrentar a moça / João Miguel Jr-RG

Desde que foi anunciado o remake de "Pantanal" foi se criando grande expectativa para a estreia da novela cuja história é uma releitura do grande sucesso que foi na década de 1990. E, finalmente, a previsão é que entrará no ar ainda neste mês.

A curiosidade maior é quanto as cenas que foram gravadas no Pantanal, situado no Estado do Mato Grosso e que abrange cerca de 250 mil quilômetros quadrados de extensão. Alguns detalhes prometem chamar muito a atenção do telespectador, tais como a fazenda onde a maior parte da história acontece administrada por Zé Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira), Filó (Letícia Salles/Dira Paes) e os peões que lidam com o gado – muito gado; e o rio por onde vem e vai a chalana conduzida por Eugênio (Almir Sater). O rio tem alma própria e pode-se dizer que é um importante personagem na história que foi escrita originalmente por Benedito Ruy Barbosa e atualizada por Bruno Luperi. É nele que vive o Velho do Rio (Osmar Prado) e é do rio que Juma Marruá (Alanis Guillen) tira a sua força e o seu sustento.

As gravações naquela região, além dos atores, movimentaram cerca de 150 pessoas e toneladas de equipamentos. As impressões que o Pantanal causou foram quase que unanimes, aquele lugar provocou um encantamento, um aprendizado difícil de ser esquecido.

A figurinista Marie Salles que atua desde 2004 falou sobre a influência que a exuberância da natureza exerceu sobre a criação das roupas dos personagens.

O trabalho de Marie Salles começou antes mesmo da primeira viagem, com uma ampla pesquisa, revisitando a primeira versão da novela e como os costumes e comportamentos mudaram de lá para cá. "A novela original era nossa diretriz. Assisti todos os capítulos para absorver as escolhas da época. Na década de 1990, tínhamos bastante marcado o conceito rural, mas hoje em dia vimos ao chegarmos ao Pantanal que ele está bem diferente. Entre assistir à novela e chegar ao Pantanal, comecei a construir minhas ideias com base em documentários, fotos, uma pesquisa profunda. E encontrei essa questão das cores ali também", explica a figurinista. Embora não esteja no imaginário de todos os brasileiros, há hoje, no Pantanal, e em diversos outros locais do interior do Brasil, muito estampado, jeans. "Imagino que, assim como eu pensei, as pessoas pensem que o bege é uma cor que se destaca naquele cenário. Até era, antes. Não mais. Eles usam cor, muita cor, azul, vermelho, verde, e fui inserindo isso principalmente na segunda fase", complementa.

Uma das personagens que mais atrai a curiosidade do público, a Juma, interpretada por Alanis Guillen, foi um desafio para Marie. "A Juma é uma pessoa que nunca viu nada. Ela não conhece nada, troca suas roupas na chalana, não tem dinheiro, não sabe o que é isso, o que é banco, televisão. Ela é bruta e tem uma energia bruta. Por isso, suas roupas são transparentes e são meio pôr do sol, meio rosa, meio nude. A sensação que vai dar é que ela está livre", adianta Marie sobre a personagem.

Além das cores, outro destaque que o figurino merece é na indumentária específica dos peões pantaneiros. "Para o manejo com o gado, eles usam calça jeans, bota curta, faixa pantaneira, que não é só um acessório estético, mas tem a função de ajudar a manter saudável a coluna dos peões. Em geral, são feitas por mulheres pantaneiras e são bastante coloridas, é algo fácil de encontrar na região. Os peões usam ainda um cinturão de couro, onde colocam o canivete e o celular, que estará presente na segunda fase. Ele funciona como uma pochete, mas é um cinto. A calça de couro por cima da calça jeans é bastante usada também, a fim de proteger as pernas de quem anda a cavalo. Protege de galho e cobra, por exemplo. E tem o chapéu, usado por todos, porque é um local muito quente, quase sempre", explica.

Voltando a falar de Alanis Guillen que fará a tão esperada Juma Marruá, a atriz se jogou inteiramente na personagem e promete sucesso. Este é o segundo trabalho da artista em novelas; ela estreou em "Malhação: Toda Forma de Amar".

Vale lembrar aqui a atuação de Alanis e Juliana Paes que interpreta a Maria Marruá, mãe de Juma, na primeira fase da história. Tudo o que Juma aprendeu sobre a própria vida e a convivência com outras pessoas e a convivência com a natureza onde elas moram foi com Maria Marruá. As duas em cena darão verdadeiro show. Lembrando que Maria Marruá será assassinada e Juma ficará sozinha e tendo como companhia do enigmático rio.

Alanis Guillen nasceu em Santo André, São Paulo, no dia 20 de maio de 1998 e a carreira artística começou ainda na infância quando participou de várias campanhas publicitárias. A formação profissional veio através de cursos de teatro e dança e posteriormente ela se formou em Artes Cênicas. A sua atuação em "Pantanal" envolveu preparo especial, com cursos específicos, prática de Kung Fu, aulas de equitação e de prosódia.

Discreta, prestes a completar 24 anos, Alanis Guillen não aparece muito nos holofotes. Na vida pessoal, é defensora do meio ambiente e se diz feminista. A personagem Juma Marruá promete ser um divisor de águas na carreira da atriz. E o público torce pelo seu sucesso. E que assim seja.

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