Justiça bloqueia mais de R$ 1,6 milhão de ex-prefeito de Silva Jardim

Por Cezar Guedes em 05/04/2022 às 22:06:21

O ex-prefeito de Silva Jardim, Anderson Gimenes Alexandre, teve R $1,65 milhão bloqueado de suas contas devido a indícios de corrupção apurados pelo Ministério Público estadual, durante sua gestão, entre 2015 e 2016.

A decisão dada em 1ª instância é fruto de ação civil pública por atos de improbidade administrativa movida pelo MP. O ex-prefeito e atual deputado é acusado de montar, junto com outras sete pessoas, um esquema para desviar recursos da prefeitura. Sob o comando de Anderson Alexandre, o grupo teria nomeado, ao menos, 54 "funcionários fantasmas" - servidores que recebiam salários, mas, de fato, não exerciam funções. Essas nomeações custaram e lesaram o município de Silva Jardim em, ao menos, R $1,02 milhão, no período entre 2015 e outubro de 2016.

Também integraram o esquema o ex-presidente da Câmara Municipal de Silva Jardim, Roni Luiz Pereira da Silva, os ex-vereadores Jazimiel Batista Pimentel, Adão Firmino de Souza, Flávio Eduardo da Costa Brito e a ex-chefe de gabinete Thais de Oliveira Gabardo; além dos advogados Emerson Santos Leite e Phelipe de Souza Amorim. Na decisão, o Juízo da Vara Única de Silva Jardim ressalta que a cautelar de indisponibilidade dos bens dos réus visa assegurar a efetiva reparação do dano ao erário, diante dos fortes indícios da prática de improbidade administrativa.

Afastamento do cargo

Em janeiro deste ano, Anderson e os demais acusados foram afastados de suas respectivas funções públicas, por crime de responsabilidade e por integrar organização criminosa.

Nota - Segunda a assessoria do ex-prefeito, Anderson " jamais praticou atos ilícitos, nunca foi condenado criminalmente em nenhuma instância e tem a convicção de que será feita justiça". De acordo com uma nota divulgada, ele vem desempenhando as funções do mandato normalmente, uma vez que "juiz de primeira instância não tem competência para examinar qualquer ação penal referente a deputado estadual. A respeito do bloqueio de bens, o deputado não foi notificado e, assim que tomar conhecimento, poderá se pronunciar".

A nota reitera que a "denúncia é requentada, ressurge em todo ano eleitoral", na tentativa de difamar o parlamentar junto ao eleitorado.

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