A insistência da família de Raimundo Batista de Oliveira, 85 anos, surtiu efeito. Ele morreu na terça-feira (19) no Pronto-Socorro Municipal, com suspeita de Covid-19, mas seu corpo foi trocado por um outro corpo quando ainda estava dentro do hospital.
A confusão sobre o paradeiro do idoso só acabou quando a polícia exumou o cadáver do idoso, sepultado com o nome de Lucia no cemitério da cidade.
O caso veio à tona depois que chegou às redes sociais. Depois de constatado o fato, a prefeitura culpou as funerárias pelo desaparecimento. As empresas, porém, negaram a culpa, dizendo que os caixões estavam lacrados e com a identificação respectiva de cada cadáver.
"O corpo que estava no saco estava identificado como "Lúcia". O rapaz da funerária constatou", disse Denise Machado, nora.
Na quarta-feira, a prefeitura de Rio das Ostras emitiu uma nota afirmando que o o erro pela troca dos corpos foi da Funerária.
"Os responsáveis pelo caso são a Funerária, o Pronto-Socorro e a Prefeitura. Porque o Pronto-Socorro é da Prefeitura", desabafou Israel Gonçalves, neto de seu Raimundo.
O delegado da 128ª DP, Jorge Maranhão, afirmou que se a família não percebesse a troca o descobrimento do corpo seria impossível.
"Se a família do Sr. Raimundo não percebesse a troca, teriam ocorrido os sepultamentos e nunca iríamos saber desse erro", finalizou.
Raimundo era torneiro mecânico e tinha três filhos e dois netos. Seu sepultamento estava previsto para Duque de Caxias.
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