Completamente mergulhada numa realidade brasileira, a partir do dia 13 de junho o Globoplay começará a mostrar a série "O Jogo Que Mudou a História", cujo enredo é inspirado na história de facções reais.
A trama se desenrola em três favelas fictícias, "Padre Nosso", "Parada Geral" e "Morro da Promessa", e o público poderá acompanhar como uma guerra de dentro do presídio de Ilha Grande, outro cenário em destaque, se estende às favelas e invade até mesmo o campo de futebol com uma fatídica e trágica partida. Ao longo de 10 episódios, com publicação de dois por semana sempre às quintas-feiras, diferentes tramas se entrelaçam. A trajetória dos múltiplos personagens, heróis e anti-heróis, oscila em conflitos internos e externos.
Para contar a história de como o crime organizado surgiu no Rio de Janeiro, a trama, com toda sua intensidade, começa apresentando parte dos seus protagonistas, em um dos cenários de maior destaque da narrativa, o presídio em Ilha Grande. Dois novatos nesse ambiente conhecem as regras desse violento universo junto com o público: Egídio (Ravel Andrade), um jovem sem histórico criminoso ou de militância política que é preso depois de atropelar a filha de um general, e Jesus Pedra (Raphael Logam), um carcereiro iniciante que nem imagina o que lhe aguarda no novo emprego e como o seu novo trabalho afetará o convívio com a esposa, Lucimara (Juliane Araújo). Desde o primeiro dia, a transformação é inevitável para Egídio e Jesus Pedra.
Na prisão, dois grupos comandam o lugar, de um lado a falange "Jacaré"; e do outro, a "Turma do Fundão", a futura "Falange Vermelha", composta por presos políticos e assaltantes de banco, como Chico da Cavanha (Rômulo Braga), Rosevan (Bukassa Kabengele), mais conhecido como Mestre, e Hoffman (Babu Santana). "Ele é um dos chefões, uma das figuras centrais da criação de uma facção que vai surgir ao longo da trama. O Hoffman tem carisma, é um cara bravo, bronco, do embate físico. Tem os aliados dele, os dominados e seus rivais e um convívio de muito respeito, medo e amizade com os outros presos", antecipa Babu. Já Rômulo Braga descreve Chico da Cavanha como um homem de muitas facetas. Para o ator brasiliense, "ao mesmo tempo em que o personagem está lidando com um assalto, seu jeito de ganhar dinheiro na vida, começa a se politizar".
Dentro de um cenário masculino tomado por contradições, surge uma potência feminina, Irmã Emily, interpretada pela atriz franco-americana Alli Willow. A freira não mede esforços para auxiliar e defender os direitos dos presos. Idealista, além de ensinar a ler e escrever, ela quer ajudar na modernização e humanização dos presídios com base nos modelos internacionais. Entre os presos com quem ela tem mais afinidade, Belmiro (Jailson Silva), um ex-policial que cumpre pena há duas décadas e tem um passado marcado por truculência. Nesses anos todos, jamais alguém da família visitou Belmiro na prisão.
Do lado de fora do presídio de Ilha Grande, o choque entre os dois grupos dominantes também repercute e a "Falange Vermelha" ganha um forte aliado: o famoso Gilsinho (Jonathan Azevedo), carismático líder do tráfico no "Morro da Promessa". Dono de um pensamento estratégico e com sua afeição pelos moradores da favela, ele se transforma em uma figura mítica.
As consequências do embate dentro da prisão também influenciam na rotina de favelas que antes conviviam em harmonia e agora pertencem a facções rivais, como é o caso de "Parada Geral" e "Padre Nosso". Esta última tem como líder comunitário Amarildo (Pedro Wagner), disposto a fazer de tudo para manter a paz e afastar a violência do local. Durante a trama, um reencontro dele com seu irmão, Belmiro (Jailson Silva), promete reviravoltas em sua vida. Enquanto isso, em "Parada Geral", um morador arranca elogios por onde passa, seja por sua beleza ou pelo desempenho dentro de campo: Gegê (Samuel Melo). Craque do time de futebol, deseja uma chance entre os grandes clubes cariocas. Uma dupla de melhores amigos também acompanha o início da rivalidade entre as favelas vizinhas. Os adolescentes Binho (João Fernandes), neto de Amarildo, e Renatinho (Fabrício Assis), sobrinho de Gegê, moram em lados opostos e se conhecem desde a infância. Se a rotina de todos já estava estremecida, quando a guerra do tráfico invade o campo, a história pode mudar para sempre. Durante uma emblemática partida de futebol entre os times, a disputa foi muito além do esporte e do apito final, eclodindo uma duradoura e intensa guerra.
Criador e produtor da série, José Junior destaca a importância de levar para o público essas histórias, contadas por outras perspectivas. "São acontecimentos pouco retratados no audiovisual ou desconhecidos para a grande maioria da sociedade. A grande maioria do elenco é formada por pessoas pretas, das favelas e nordestinas, refletindo a realidade brasileira e exaltando essa grande massa popular que temos no nosso país", pontua José Junior.
Repleto de sequências de ação e efeitos, "O Jogo que Mudou a História" ganha ainda mais veracidade com locações reais, como o presídio Bangu 1 e as favelas "Vigário Geral", "Parada de Lucas", "Dique", "Parque Analândia", "Rocinha" e "Complexo da Pedreira", todas no Rio.
A produção é uma nova parceria do Globoplay com a AfroReggae Audiovisual, responsável também pelas séries de sucesso "Arcanjo Renegado", "A Divisão" e "Betinho: No Fio da Navalha". O elenco de "O Jogo que Mudou a História" também reúne nomes como Vanessa Giácomo, Claudia Mauro, Tatiana Tiburcio, Kizi Vaz, Talita Younan, Giulia Tavares, Juliane Araújo, entre outros.