Vereador de Campos é preso em operação que investiga morte de cabo eleitoral

Por Cezar Guedes em 18/09/2024 às 17:33:37
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Nesta quarta-feira (18), uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) resultou na prisão do vereador Bruno Fernando Santos de Azevedo, conhecido como Bruno Pezão.

Pezão era um dos alvos de mandado de busca e apreensão da Operação Pleito Mortal, mas foi preso em flagrante durante a ação. A operação, comandada pelo Grupo de Atuação Especializada de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco) e pela 134 ª DP (Campos), investiga a morte de um cabo eleitoral no município.

R$ 633 mil em espécie e R$ 470 mil em cheques e notas promissórias — suspeitos de serem oriundos de extorsões praticadas na Baixada Campista — foram encontrados pelos agentes em posse do parlamentar.

Ao todo, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na Câmara de Vereadores de Campos, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, e em outros endereços. A operação investiga a morte do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Moraes, de 69 anos. "Aparício" foi executado com 8 tiros dentro de seu carro, na Estrada de Campo Novo, em São Sebastião.

As investigações apontam que o traficante José Ricardo Rangel de Oliveira, conhecido como Ricardinho, teria participado de um comício de Bruno Pezão por videoconferência um dia antes do crime. Preso em Bangu há mais de 10 anos, Ricardo teve a transmissão feita diretamente de Bangu para o comício, com foto projetada no telão do evento. A Câmara de Vereadores de Campos disse estar colaborando com as investigações.

"Mais uma vez, nosso amigo Ricardinho aqui, está acompanhando ao vivo, só tenho a agradecer. Vou estar passando a palavra agora para o nosso vereador Bruno Pezão, que ficou encantado com essa reunião bonita. Eu perguntei ao Ricardinho: 'Ricardinho, pode filmar esse povo bonito?'. 'Pode filmar tudo isso aí, que vai rodar os quatro cantos de Campos", declarou um assessor do vereador no evento.

Aparício fazia campanha para o candidato a vereador Diego Dias, concorrente de Bruno Pezão, antes de ser executado. Também foram alvos da operação o chefe de gabinete, assessores e o traficante de drogas já citado.

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