A vereadora eleita Rosimery Mangisfesta Macabu Araújo, conhecida como Rosimery de Pezão (PODE), enfrenta o risco de ter seu registro de candidatura cassado. Nesta sexta-feira (23), o Ministério Público Eleitoral (MPE) protocolou uma ação contra a candidata, acusando-a de captação ilícita de sufrágio, o mesmo que compra de votos.
De acordo com o MPE, Rosimery contou com o apoio direto de seu marido, o ex-vereador Alessandro Pezão, e de outros aliados para realizar a compra de votos. Uma das provas contra a candidata, segundo o Ministério Público, é um vídeo que mostra Pezão entregando, no dia da votação, o que aparenta ser um santinho a uma pessoa na Praça Feliciano Sodré, no Centro de Casimiro de Abreu.
Além disso, um cabo eleitoral identificado como Ronaldo Mathias de Oliveira foi detido portando dinheiro em espécie, celular e blocos de anotação com o número da candidatura de Rosimery (20020). No dia da eleição, Ronaldo teria sido filmado entregando dinheiro a eleitores, fato que motivou sua abordagem por policiais militares, que o prenderam. Na ocasião, foi encontrado em sua posse R$ 330 em dinheiro.
Defesas e contradições - À promotoria, tanto Pezão quanto Ronaldo negaram que estivessem comprando votos, enquanto Rosimery afirmou que, no dia do pleito, após votar, ficou em casa, sem tomar conhecimento dos fatos, e que não os autorizou a "agir em seu nome". Pezão inclusive alegou que apenas respondeu a um eleitor que perguntou o número da urna de sua esposa e afirmou que Ronaldo foi quem entregou o papel ao indivíduo. Ele ainda afirmou desconhecer que Ronaldo estava portando blocos contendo números de Rosimery.
Outro ponto chave da ação do MPE é o depoimento de Cinária Rodrigues Machado, ex-candidata a vereadora pelo Partido Social Democrático (PSD). Cinária relatou que Rosimery teria oferecido R$ 200 para comprar o voto de seu genro. A denúncia foi feita após Cinara se tornar alvo de chacotas em um grupo de WhatsApp, o que motivou a procura das autoridades para relatar o ocorrido.