PF investiga esquema de compra de votos e lavagem de dinheiro na Baixada Fluminense

Por Cezar Guedes em 13/12/2024 às 11:41:39
Polícia Federal/divulgação

Polícia Federal/divulgação

A Polícia Federal (PF) desencadeou, nesta sexta-feira (13), uma operação para apurar um suposto esquema de compra de votos e lavagem de dinheiro na Baixada Fluminense. Entre os investigados estão o prefeito de Duque de Caxias, Wilson Reis, e o ex-prefeito do município e atual secretário estadual de Transporte, Washington Reis.

As investigações tiveram início em outubro, após a prisão em flagrante de um homem em Duque de Caxias que carregava R$ 1,9 milhão em espécie, sob suspeita de envolvimento em compra de votos. A partir desse flagrante, a PF desvendou o funcionamento de uma organização criminosa que estaria atuando na região há vários anos, envolvendo políticos e empresários de cidades como Duque de Caxias e São João de Meriti.

Esquema milionário e uso de verba pública

De acordo com os investigadores, o grupo teria movimentado milhões de reais para financiar, de forma ilícita, campanhas eleitorais de candidatos a cargos públicos. A PF também aponta que empresas contratadas pelo poder público seriam usadas para beneficiar determinados políticos nas eleições.

Os crimes investigados incluem organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

Defesas de Wilson e Washington Reis

A Prefeitura de Duque de Caxias divulgou nota negando o envolvimento de Wilson Reis no caso. "O prefeito não tem nenhum envolvimento no caso citado, confia na Justiça e está à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários", diz o comunicado.

A Secretaria Estadual de Transporte também emitiu nota defendendo o secretário Washington Reis. Segundo o texto, "todas as contas da campanha foram devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral, evidenciando a conformidade com as exigências legais". Washington Reis reiterou que "não tem nada a temer" e se colocou "à disposição da Justiça e de quaisquer autoridades competentes para prestar os esclarecimentos necessários", reforçando seu compromisso com "a transparência e a legalidade".


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