A Prefeitura de Búzios, por meio da Secretaria do Ambiente e Urbanismo, informou que nesta segunda-feira (30) foi encontrada uma carcaça de uma Baleia-de-Bryde (Balaenoptera brydei) encalhada na Praia da Rasa. O mamífero marinho, já em estado avançado de decomposição, foi avistado por pescadores nas proximidades do local. Preocupados, eles decidiram conduzir o corpo do animal com auxílio de cordas até a faixa de areia próxima ao canal da Marina, onde a situação foi reportada às autoridades competentes.
Imediatamente, o local foi isolado pela equipe técnica da Secretaria do Ambiente e Urbanismo, que acionou o Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos) para realizar os procedimentos necessários. A equipe do GEMM-Lagos ficou encarregada da realização de uma necropsia com o objetivo de entender as condições que levaram à morte do animal e indicar um local adequado na faixa de areia mais larga da praia para proceder com o enterro da carcaça.
De acordo com o secretário da pasta, Evanildo Nascimento, a Baleia-de-Bryde não é considerada uma espécie migratória. O animal realiza movimentos típicos entre águas costeiras e oceânicas em busca de alimento, como peixes, camarões e lulas. Ele acredita que a baleia foi trazida pelas correntezas até a região de Búzios.
Evanildo também aproveitou para explicar que, em situações como esta, o procedimento mais adequado seria evitar deslocar o corpo para a areia e conduzi-lo novamente para o alto-mar. Isto permitiria que os ciclos naturais de decomposição fossem respeitados, minimizando riscos ambientais ou sanitários:
"Certamente foi uma iniciativa com boas intenções por parte dos pescadores, mas o correto é deixar que o mar se encarregue da situação. Esse tipo de operação demanda um protocolo específico para evitar impactos ambientais e sanitários", esclareceu o secretário.
Após todos os estudos técnicos, foi decidido que o enterro do animal seria realizado na própria faixa de areia da Praia da Rasa durante a madrugada desta terça-feira (31). O trabalho demandou uma operação conjunta com mobilização de várias equipes das secretarias responsáveis, incluindo a Secretaria do Ambiente e Urbanismo, a Secretaria de Serviços Públicos e a de Segurança e Ordem Pública (Defesa Civil).
As ações tiveram início por volta das 23h de segunda-feira (30), estendendo-se até às 6h da manhã desta terça-feira (31). Segundo as autoridades, a intervenção foi necessária para garantir condições seguras e minimizar qualquer risco de impacto ao meio ambiente ou à saúde pública local.