Logo em seu primeiro ato oficial, o prefeito de Paracambi, Andrezinho Ceciliano (PT), decretou estado de emergência e calamidade pública no setor de saúde do município. O decreto, de número 5.921/25, foi assinado nesta quarta-feira (1º) e aponta que todas as unidades de atendimento da cidade apresentam condições insalubres e perigosas para a população.
De acordo com o texto oficial, a situação precária é resultado da "falta de materiais básicos e insumos médicos em geral, atendimento deficiente à comunidade e suspeitas graves como a existência de funcionários fantasmas". O documento também denuncia possíveis casos de desvio de recursos públicos, além da falta de controle e gestão dos vínculos de trabalho mantidos pela Secretaria Municipal de Saúde.
Diante do cenário alarmante, o prefeito determinou a suspensão temporária do funcionamento de unidades de saúde que apresentem risco imediato à segurança de pacientes e profissionais. A medida prevê a redistribuição dos atendimentos para locais que ainda oferecem condições de funcionamento, com o objetivo de "garantir que a população não seja prejudicada".
Além disso, foi anunciada uma auditoria completa no quadro de funcionários da Secretaria de Saúde, com o intuito de identificar irregularidades administrativas, incluindo a investigação mais aprofundada sobre casos de servidores "fantasmas" supostamente envolvidos em desvios de folha de pagamento.
A decisão do prefeito marca sua gestão com um tom de prioridade para a recuperação do sistema de saúde municipal, que enfrenta um colapso estrutural e administrativo. Segundo Ceciliano, "a intervenção imediata é indispensável para restaurar o atendimento público de saúde com dignidade e segurança".
A equipe da nova administração também frisou que um plano emergencial está sendo elaborado para abastecer as unidades com os materiais e insumos necessários, enquanto medidas legais serão tomadas para apurar e responsabilizar eventuais atos de má gestão ou corrupção cometidos pela administração anterior.