A saúde pública em Casimiro de Abreu vive um momento crítico. No Hospital Municipal Ângela Maria Simões Meneses, parte dos atendimentos foi suspensa devido a atrasos salariais e no pagamento do 13º dos profissionais, deixando moradores sem acesso adequado aos serviços de saúde. Apenas casos de urgência e emergência estão sendo atendidos, gerando indignação e sofrimento entre a população.
Relatos nas redes sociais dão conta do desespero dos munícipes. Em um dos vídeos compartilhados, o médico Dr. Adriano Lima aparece pedindo calma a uma mãe desesperada, que aos gritos relata a dor da filha. A criança sofre com fortes dores de cabeça há três dias e aguardou atendimento por mais de quatro horas, deitada em um banco da fila de espera. Revoltada, a mulher criticou a situação: "Estou aqui esperando socorro e ninguém me dá um parecer. Enquanto a Prefeitura de Casimiro de Abreu está postando shows em Barra de São João, a gente está nessa situação precária no hospital", afirmou.
Outra moradora também desabafou sobre o impacto da crise: "Já fui recebida dizendo que poderia não ser atendida. Isso me causa tristeza e angústia. Os funcionários não têm culpa. A estrutura está falida, e isso é responsabilidade da gestão", disse.
A crise se agravou após o rompimento do contrato entre a Prefeitura e a Organização Social Nossa Senhora da Vitória, antes responsável pela gestão do hospital. Apesar do anúncio sobre a rescisão, a população ainda não percebeu melhorias no funcionamento da unidade ou nos serviços prestados.
O atual prefeito interino, Marquinho da Vaca Mecânica (foto), que substitui Ramon Gidalte (PL) durante o período de férias, declarou que busca alternativas para solucionar o problema e que uma reunião com a cúpula do governo foi marcada para a próxima segunda-feira (13). Ainda assim, moradores e profissionais da saúde continuam à espera de ações concretas para superar essa grave crise.