Fiscalização flagra captação ilegal de água em Cabo Frio

Estabelecimento comercial utilizado para abastecimento irregular de caminhões-pipa é autuado em operação conjunta do Inea e Prolagos.

Por Cezar Guedes em 01/02/2025 às 14:25:08
A água extraída irregularmente era utilizada para abastecer caminhões-pipa, que forneciam o recurso a hotéis, pousadas e restaurantes nas cidades de Cabo Frio e Búzios - Divulgação

A água extraída irregularmente era utilizada para abastecer caminhões-pipa, que forneciam o recurso a hotéis, pousadas e restaurantes nas cidades de Cabo Frio e Búzios - Divulgação

A Polícia Ambiental e a Concessionária Prolagos, com o apoio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), realizaram na última sexta-feira (31) uma operação de fiscalização para combater a captação irregular de água em Cabo Frio, na Região dos Lagos. A ação, conduzida pela Superintendência Lagos São João, faz parte de uma campanha promovida pela concessionária, em parceria com o órgão ambiental estadual, com o objetivo de promover a regularização dos recursos hídricos na região.

Após uma investigação preliminar motivada por denúncias recebidas tanto pela concessionária quanto pelo Inea, os agentes se dirigiram ao bairro Guriri e constataram uma operação de extração de água não autorizada. Na Rua Amazonas, foi identificado um estabelecimento comercial onde havia retirada irregular de água, sem a devida outorga – documento oficial emitido pelo Inea que autoriza o uso legal dos recursos hídricos. Essa água, extraída de poços clandestinos, abastecia caminhões-pipa que atendiam hotéis, pousadas e restaurantes nas cidades de Cabo Frio e Búzios, cujo consumo de água aumenta significativamente durante a alta temporada.

Como parte da operação, cinco poços clandestinos foram lacrados, duas cisternas com capacidade total de 450 mil litros de água foram interditadas e duas ligações clandestinas de água foram desativadas. Além disso, os fiscais apreenderam seis bombas d"água utilizadas para a extração ilegal.

De acordo com os agentes, no momento da fiscalização, o estabelecimento responsável pelas irregularidades estava vazio, e nenhuma pessoa foi encontrada no local. Agora, o Inea e a concessionária Prolagos realizam esforços para identificar os responsáveis pelo comércio irregular de água, com a finalidade de puni-los conforme a legislação vigente.


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