Câmara de Araruama aprova CPI para investigar suposto enriquecimento ilícito de ex-secretário de Obras

A Câmara Municipal de Araruama aprovou, nesta terça-feira (25), a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a suspeita de enriquecimento ilícito do ex-secretário de Obras, Cláudio Barreto. A iniciativa foi proposta pelo vereador Lineker Vieira (CID) na última quinta-feira (20) e recebeu o apoio dos 17 parlamentares da Casa Legislativa, incluindo a esposa do investigado, a vereadora Roberta Barreto (MDB).

Durante o anúncio da CPI, o vereador Lineker Vieira destacou que a acusação é embasada em indícios e informações que apontam para um aumento patrimonial desproporcional à renda declarada por Cláudio Barreto.

"Esta denúncia se baseia em indícios que sugerem que o referido indivíduo obteve recursos de forma incompatível com sua renda e atividade legal", afirmou o parlamentar em plenário.

Influência política e suspeitas de corrupção

Cláudio Barreto tem forte influência política em Araruama e é considerado um dos principais aliados do ex-prefeito Chiquinho da Educação. Nos bastidores, sempre foi figura central de polêmicas e já enfrentou diversas acusações de corrupção, sendo alvo recorrente de investigações judiciais.

Segundo fontes ligadas ao ex-secretário, Barreto teria adquirido mais de 60 imóveis durante a gestão da ex-prefeita Lívia de Chiquinho, o que reforça a necessidade da CPI para apuração dos fatos.

Roberta Barreto vota a favor da CPI

A abertura da CPI ganhou ainda mais repercussão política devido ao voto favorável da esposa de Cláudio Barreto, a vereadora Roberta Barreto. Durante a sessão, a parlamentar defendeu que o processo de investigação deve ocorrer dentro da legalidade e transparência.

"Quem não deve, não teme. Pode sim levantar qualquer denúncia, pode sim fazer uma CPI. Nós estamos aqui exatamente para isso: para legislar e apurar todos os fatos", afirmou Roberta Barreto no plenário.

Com a comissão aprovada, a CPI iniciará seus trabalhos nos próximos dias, e os vereadores terão a missão de colher depoimentos, levantar documentos e esclarecer se houve enriquecimento ilícito por parte do ex-secretário.