Carlos Augusto em campanha: promessas firmes contra a taxa de esgoto. Três meses depois, a cobrança continua - Foto: Reprodução
Se promessas eleitorais fossem cumpridas com a mesma eficiência com que boletos chegam na casa do cidadão, Rio das Ostras já teria se tornado uma utopia. Mas, como sabemos, a única coisa que chega pontualmente é a bendita taxa de esgoto – aquela mesma que Carlos Augusto Balthazar jurou exterminar assim que colocasse as mãos na caneta de prefeito.
Lembra dele nos palanques, inflamado, indignado, quase um herói da resistência contra a cobrança injusta? Pois bem. Três meses depois de assumir o cargo, eis que a taxa continua vivinha da Silva. Só que agora, em vez de discursos acalorados contra a cobrança, ouvimos um festival de explicações burocráticas. De repente, tudo "leva tempo", "precisa ser estudado", "requer planejamento". Curioso, porque durante a campanha ele já parecia ter a solução perfeita e instantânea.
A população, que ingenuamente acreditou que a primeira ordem oficial do novo prefeito seria um tchau, taxa!, agora recebe em troca um tapinha nas costas e um pedido de paciência. Afinal, entender os processos é demorado. Mas entender como conquistar votos? ah, isso foi rapidinho.
Enquanto os cidadãos seguem pagando religiosamente a taxa (e, muitas vezes, sem o devido retorno em estrutura sanitária), fica a reflexão: será que a cobrança é mais resistente do que as palavras de um político em campanha? Ou será que certas promessas já nascem destinadas ao esgoto da memória eleitoral?
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