Gestoras em contraste: enquanto Daniela Soares (à direita), de Araruama, mostra avanços e diálogo, Maira Figueiredo (à esquerda), de Silva Jardim, enfrenta críticas pela estagnação econômica e falta de transparência
Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pela Firjan, por meio da plataforma Retratos Regionais, revelam um cenário preocupante para Silva Jardim. Enquanto os demais municípios da Região dos Lagos comemoram avanços na geração de empregos, o município governado pela prefeita Maira Figueiredo foi o único da região a registrar saldo negativo de vagas no primeiro bimestre de 2025: uma perda de 42 postos de trabalho formais.
Ao todo, a região criou 1.787 novas vagas com carteira assinada entre janeiro e fevereiro — um crescimento expressivo em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo foi de 849. O maior destaque foi Rio das Ostras, com 703 novas contratações, seguido de Araruama (+359), Armação dos Búzios (+212), Cabo Frio (+167) e Iguaba Grande (+145).
Esse avanço generalizado na região reforça ainda mais o contraste com a realidade vivida pelos moradores de Silva Jardim, onde, além do cenário econômico desanimador, a gestão municipal enfrenta uma crise de imagem pública. A cidade tem sido palco de denúncias envolvendo falta de transparência na aplicação dos recursos públicos, ausência de esclarecimentos oficiais e um distanciamento crescente entre a prefeitura e os cidadãos.
Sob o comando de Maira Figueiredo, o município parece caminhar na contramão da gestão pública eficiente e participativa. Os resultados são visíveis, tanto nos números do Caged quanto no aumento da insatisfação popular. A dificuldade em criar oportunidades de emprego é apenas um dos sintomas de uma administração que, segundo críticas recorrentes de moradores e representantes locais, carece de planejamento, diálogo e visão estratégica.
O contraste com municípios vizinhos é evidente. Araruama, por exemplo — segunda colocada no ranking de geração de empregos — é administrada por Daniela Soares, uma gestora estreante na política, que tem dado sinais claros de compromisso com o desenvolvimento econômico e social da cidade. Daniela tem trabalhado ativamente por uma gestão mais aberta, dialogando com a população, construindo pontes com outros gestores e fomentando um ambiente de inovação e participação.
Essa comparação entre duas gestões femininas, porém em extremos de desempenho, revela uma lição importante: experiência não garante eficiência quando faltam transparência, planejamento e escuta ativa. Enquanto uma novata mostra iniciativa e conquista resultados palpáveis em pouco tempo, outra, com mais tempo de mandato e estrutura semelhante, acumula críticas e números negativos.
Silva Jardim, que já foi exemplo de potencial turístico e preservação ambiental, hoje precisa urgentemente de ações que impulsionem a sua economia, resgatem a confiança da população e recoloquem o município no mapa do desenvolvimento regional.
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