PF prende homem acusado de comercializar objetos com símbolos nazistas no Rio

Operação Lembrança Ingrata investiga crime de apologia ao nazismo por meio da venda virtual de materiais com simbologia nazista

Por Cezar Guedes em 15/04/2025 às 16:21:09
Materiais com símbolos nazistas foram apreendidos na residência do investigado pela Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Divulgação / Polícia Federal

Materiais com símbolos nazistas foram apreendidos na residência do investigado pela Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Divulgação / Polícia Federal

Na manhã desta terça-feira (15), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Lembrança Ingrata com o objetivo de apurar a prática do crime de apologia ao nazismo. Um homem de 70 anos, residente na cidade do Rio de Janeiro, é suspeito de comercializar pela internet objetos contendo símbolos nazistas, como a cruz suástica.

O mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência do investigado e foi expedido pela 8ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro. Durante a ação, os policiais federais apreenderam uma bandeira, revistas, moedas e outros itens com símbolos atribuídos ao regime nazista. O homem foi preso em flagrante.

As investigações tiveram início após a PF receber uma notícia-crime relatando a existência de uma página online utilizada para venda de itens de teor nazista, como emblemas, distintivos, ornamentos, bandeiras, uniformes e publicações. A comercialização de tais objetos é tipificada pela legislação brasileira como apologia ao nazismo, conduta considerada crime grave.

A Polícia Federal realizou diligências que permitiram identificar o autor das postagens e confirmar que o comércio das peças ainda estava ativo. A prisão em flagrante do suspeito reforça o compromisso das autoridades com o combate ao discurso extremista, intolerância e atos que remetam à ideologia nazista.

O combate à disseminação de ideologias que incentivam o ódio e a intolerância também é uma pauta internacional. Em janeiro de 2022, a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que condena o negacionismo e a distorção do Holocausto, citando a preocupação com o uso das redes sociais como ferramentas de propagação dessas ideias.

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