Câmara de Araruama aprova CPI para investigar suspeitas de enriquecimento ilícito envolvendo ex-secretário, mas comissão ainda não foi oficialmente formada. Foto: Reprodução
A Câmara Municipal de Araruama aprovou por unanimidade, em 25 de fevereiro de 2025, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suspeitas de enriquecimento ilícito envolvendo o ex-secretário de Obras, Cláudio Barreto. A denúncia foi apresentada pelo vereador Lineker Vieira (CID) e recebeu o apoio dos 17 parlamentares — inclusive da vereadora Roberta Barreto (MDB), esposa do investigado. No entanto, quase dois meses depois, a CPI ainda não saiu do papel.
A iniciativa surgiu após o vereador Lineker alegar ter obtido documentos e informações que apontariam um aumento patrimonial incompatível com a renda declarada pelo ex-secretário durante sua atuação na gestão pública. Segundo a denúncia mais grave, Barreto teria adquirido mais de 60 imóveis enquanto atuava na gestão de Lívia de Chiquinho.
"Esta denúncia se baseia em indícios que sugerem que o referido indivíduo obteve recursos de forma incompatível com sua renda e atividade legal", declarou Lineker no dia da aprovação da CPI.
Com forte influência no cenário político local e aliado direto de figuras como os ex-prefeitos Chiquinho da Educação e Lívia de Chiquinho, Cláudio Barreto já foi alvo de diferentes acusações envolvendo corrupção e má gestão de recursos públicos. Mesmo com esse histórico, a lentidão na instalação da CPI acende o alerta para possíveis resistências políticas nos bastidores.
A ausência de definição sobre os membros titulares e suplentes da comissão levanta questionamentos sobre o interesse real do Legislativo em seguir com a apuração dos fatos. Enquanto isso, a população aguarda por respostas e transparência diante de mais uma denúncia envolvendo um nome de destaque da política municipal.
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