Operação Fake Monster: a ação conjunta que Impediu uma tragédia em show da Lady Gaga

Unidos contra o ódio: uma Ação inédita interinstitucional

Por Cezar Guedes em 04/05/2025 às 15:03:15
 Filas se formavam desde o início da tarde para o show de Lady Gaga, em Copacabana Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Filas se formavam desde o início da tarde para o show de Lady Gaga, em Copacabana Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

No último sábado (03/05), uma operação policial de grande escala foi realizada para impedir um possível ataque a bomba durante o aguardado show da Lady Gaga. O evento tornou-se o alvo de um grupo extremista que pretendia disseminar o terror. Graças à atuação conjunta das forças policiais e do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o plano foi desmantelado a tempo, garantindo a segurança de todos os presentes.

Uma ação Integrada e eficaz

Policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e da 19ª DP (Tijuca), em parceria com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) e outros órgãos de segurança, conduziram uma operação multifacetada. Esse esforço visou desmantelar uma organização que, além de preparar um ataque ao show, estava imersa em práticas de disseminação de ódio e radicalização. Alvos principais incluíam crianças, adolescentes e a comunidade LGBTQIA+.

A estratégia dos criminosos: digital e perigosa

Denominada "Operação Fake Monster", a ação policial teve como base uma investigação em curso da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O grupo visado pela operação planejava ataques coordenados utilizando explosivos improvisados e coquetéis molotov, classificados como "desafio coletivo" para ganhar notoriedade online. A Polícia prendeu um homem, identificado como líder do grupo, no Rio Grande do Sul, e apreendeu um adolescente no Rio por posse de material ilegal.

Espalhando o ódio nas redes digitais

Os investigados operavam amplamente nas redes sociais, promovendo discursos de ódio, radicalização e crimes, como pedofilia e automutilação. A Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil emitiu o alerta que levou à criação de um relatório detalhado pela equipe do Ciberlab para identificar e interromper essas atividades.

Desdobramentos da operação

Além das 15 buscas e apreensões em múltiplas cidades no Brasil, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados, a operação também resultou em apreensões significativas de dispositivos eletrônicos. Esses itens estão sendo analisados para informações adicionais que possam fortalecer as investigações.

Em Macaé, um novo alvo foi identificado e punido: um indivíduo que, além de ameaçar realizar ataques, tinha intenções de cometer um crime ainda mais grave ao vivo. Ele agora enfrenta acusações de terrorismo.

A operação foi realizada com extrema competência, garantindo que a segurança pública fosse mantida sem causar pânico entre os cidadãos. Este esforço conjunto reflete a dedicação contínua da Polícia Civil em combater crimes digitais e prevenir ações catastróficas.

A luta contra os crimes virtuais continua

Este incidente destaca a importância de uma vigilância contínua e das colaborações interinstitucionais no combate ao crime digital. As autoridades permanecem vigilantes e comprometidas com a proteção do público, especialmente frente às crescentes ameaças online.

A Operação Fake Monster não foi apenas sobre parar um ataque iminente; foi um passo significativo na luta contra a incitação digital de práticas ilegais. O trabalho conjunto entre diversas forças foi essencial para garantir que as vozes do ódio não prevaleçam, e que a segurança seja sempre a prioridade.

Com esta ação, reafirma-se o compromisso do Brasil em proteger seus cidadãos e promover um ambiente seguro e acolhedor para todos, independente de sua orientação ou identidade.

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