Allan Turnowski, ex-secretário de Polícia Civil do Rio, enfrenta prisão preventiva mantida após decisão do STF por envolvimento em obstrução da justiça - Tânia Rêgo/Agência Brasil
Na última quarta-feira, 7 de maio, o delegado Allan Turnowski, que já ocupou o cargo de secretário de Polícia Civil no Rio de Janeiro, passou por uma audiência de custódia onde a Justiça optou por manter sua prisão preventiva. A decisão foi tomada em consonância com a determinação do Tribunal de Justiça, após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre a reincidência da medida restritiva.
Turnowski havia sido preso na terça-feira, 6 de maio, após decisão do STF restabelecer a prisão preventiva que fora suspensa em 2022 por uma ordem do ministro Kassio Nunes Marques. Na audiência, o juiz Patrick Couto Xerez Sobral afirmou que a ordem de prisão atual permaneceu válida e não foi revogada pelo juízo natural de primeiro grau.
A defesa do ex-secretário pleiteou o relaxamento da prisão, solicitando também liberdade provisória ou sua substituição por custódia domiciliar. Em resposta, o juiz determinou que Turnowski recebesse atendimento médico necessário e permitiu o fornecimento de medicamentos para tratar sua condição de pré-diabetes.
Allan Turnowski foi inicialmente preso em 9 de setembro de 2022, sob acusação de obstrução da justiça. Na época, o delegado havia se afastado de suas funções na polícia para concorrer, sem sucesso, a uma vaga na Câmara dos Deputados federais pelo Rio de Janeiro. Em 25 de novembro de 2022, o juiz Bruno Rulière na 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça tornou Turnowski réu, afirmando que ele continuava a influenciar a alta cúpula da Polícia Civil mesmo afastado.
Apesar de, em setembro de 2022, ter sua prisão preventiva suspensa por decisão do ministro Nunes Marques do STF - levando à sua liberação em menos de um mês - Turnowski foi recentemente condenado a quase dez anos de prisão. De acordo com as investigações, ele atuava duplamente favorecendo os contraventores Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio – este último foi assassinado em novembro de 2020 ao descer de um helicóptero em um heliporto no Recreio dos Bandeirantes.
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