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Relembrando

O Dia do Fico

Pressionado pela população e pelos jornais, e cada vez mais impaciente com as exigências das Cortes Portuguesas, D. Pedro decidiu ficar no Brasil; nove meses depois, proclamaria a independência da nação brasileira


No mês de dezembro de 1821, chegaram ao Rio de Janeiro os decretos das Cortes de Lisboa datados de setembro, nos quais se suprimiam importantes tribunais do Brasil e se ordenava a D. Pedro que elegesse uma Junta Provisória para governar e retornasse a Portugal a fim de completar sua educação com viagens pela Europa.

Os brasileiros viram imediatamente nesses decretos a intenção de fazer o Brasil voltar à situação de colônia.

Houve então um movimento para mobilizar a opinião pública e pressionar o príncipe a desobedecer às ordens das Cortes de Lisboa, ficando no Brasil.

A população do Rio de Janeiro manifestou-se através de um abaixo-assinado; paralelamente foram enviados emissários a São Paulo e Minas Gerais com o objetivo de obterem junto às respectivas Juntas Governativas manifestações semelhantes à do Rio.

A iniciativa teve inteiro êxito e, assim, ocorreu no dia 09 de janeiro de 1822, o episódio que ficou na História do Brasil como sendo o "Dia do Fico".

O príncipe regente D. Pedro anunciou sua decisão com as seguintes palavras: "Convencido de que a minha presença no Brasil interessa ao bem de toda a nação portuguesa, e conhecido que a vontade de algumas províncias assim o requer, demorarei a minha saída até que as Cortes e meu Augusto Pai e Senhor deliberem a este respeito, com perfeito conhecimento das circunstâncias que têm ocorrido. Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico!".

Depois, o príncipe dirigindo-se à multidão que o aplaudia, muito comovido, acrescentou: "Agora, só tenho a recomendar-vos, união e tranquilidade".

Houve reação das tropas portuguesas que estavam acantonadas no Brasil, mas D. Pedro agiu com pulso firme e, após muita discussão, começou o embarque das tropas portuguesas em cinco navios, que seguiram para Portugal no dia 10 de fevereiro daquele ano.

Um novo gabinete foi formado, com José Bonifácio de Andrada e Silva na pasta do Reino e Estrangeiros, exercendo grande influência sobre D. Pedro, o que faria da figura desse paulista de Santos a personagem principal da Independência do Brasil.





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