Ministério Público combate fake news em Campos

Jornais de fachada foram criados para divulgar notícias falsas em apoio a Wladmir Garotinho

Por Cezar Guedes em 29/11/2020 às 15:08:44

A 75ª Promotoria Eleitoral do Ministério Público cumpriu mandados de busca e apreensão em 11 endereços de Campos, na manhã da sexta-feira 27. A meta foi o combate à fake news supostamente disseminadas por apoiadores do candidato Wladimir Garotinho De acordo com o Ministério Público Eleitoral meios de informação que se apresentam como "jornais" ("Muda Campos", "ClickCampos" e "Noticias Campos") expuseram e propalaram as notícias falsas, apesar de decisão liminar e decisão definitiva informando tratar-se de notícia falsa, Ainda segundo o MPE, foi observado que pelo menos dois "jornais" são de facões, sem existência no mundo real, sem CNPJ, sem personalidade jurídica, sem capacidade jurídica, ambas publicando informações a partir de falsidade ideológica.

A investigação descobriu que alguns dos "perfis pessoais" de apoiadores do candidato eram os mesmos que se ocultavam por trás dos "jornais", fazendo publicar notícias favoráveis ao mesmo candidato investigado e desfavoráveis ao oponente, inclusive com notícias falsas compartilhadas, difundidas e curtidas por dezenas de outros apoiadores. Também apurou que embora responsáveis pelos ditos jornais, eles não eram jornalistas. Diante da reiteração da prática de disseminação de notícias falsas, o MPE requereu a busca e apreensão em endereços ligados aos responsáveis por espalhar essas notícias. Wladimir e apoiadores são investigados por crime eleitoral, em apuração de possível formação de quadrilha, divulgação de fake news e falsidade ideológica. Os detidos em flagrante na operação de hoje foram encaminhados para a delegacia.

Fake News também é objeto de ação de investigação judicial eleitoral

Ainda nesta sexta-feita, a Promotoria Eleitoral junto à 76ª Zona Eleitoral ajuizou ação de investigação judicial eleitoral contra os candidatos Wladimir Garotinho e Frederico Rangel Paes. De acordo com a ação, o candidato Wladimir estaria usando o seu perfil pessoal no Facebook para divulgar posts, de forma impulsionada, com conteúdo sabidamente inverídico, em desfavor do adversário. A ação ressalta que a prática de disseminar fake news neste caso contou com recursos de campanha para fazer impulsionamento ilícito. A prática, segundo o documento, também desrespeitou decisão liminar proferida pela Juízo da 75º Zona Eleitoral que havia determinado a retirada do conteúdo do ar, o que não foi cumprido. O MPE requer junto a Justiça Eleitoral a condenação dos acusados por prática do abuso de poder econômico, com a respectiva declaração de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos oito anos subsequentes à eleição atual e cassação do registro ou do diploma.

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