"Tieta", uma novela atemporal

Por Cezar Guedes em 29/11/2020 às 22:56:47
Até hoje é lembrada a intepretação maravilhosa de Betty Faria. Tieta foi um marco na carreira de sucesso da atriz / Arquivo GB Imagem

Até hoje é lembrada a intepretação maravilhosa de Betty Faria. Tieta foi um marco na carreira de sucesso da atriz / Arquivo GB Imagem

Viva na memória de quem assistiu à primeira exibição na TV Globo há 30 anos (a trama foi exibida de 14 de agosto de 1989 a 31 de março de 1990, em 196 capítulos) e às reexibições no "Vale a Pena Ver de Novo" e no Canal Viva, a novela "Tieta" é uma obra atemporal, com potencial para ser conhecida e encantar novas gerações e ser revisitada a qualquer momento. A novela de Aguinaldo Silva tinha no elenco Betty Faria, Joana Fomm, Yoná Magalhães, Lília Cabral, Arlete Salles, Cássio Gabus Mendes, Reginaldo Faria, Ary Fontoura e Sebastião Vasconcellos. Para quem quer rever a saga da personagem-título Tieta, pode conferir os capítulos no Globoplay.

Ambientada na fictícia cidade de Santana do Agreste, no Nordeste brasileiro, a novela parte do momento em que Tieta, vivida por Claudia Ohana nesta primeira fase, é escorraçada da cidade pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcellos), irritado com o comportamento liberal da jovem e influenciado pelas intrigas de sua outra filha, Perpétua (Adriana Canabrava). Humilhada, ela segue para São Paulo. Vinte e cinco anos depois, Tieta, que na fase adulta passa a ser interpretada por Betty Faria, retorna de surpresa à cidade, rica, exuberante e decidida a se vingar das pessoas que a maltrataram. O que transformará os dias do pacato lugarejo e especialmente de sua irmã Perpértua, personagem mais marcante da carreira de Joana Fomm e uma das vilãs mais lembradas pelo público.

À Tieta e Perpétua, juntam-se personagens inesquecíveis que renderam cenas de humor impagáveis como Bafo de Bode (Bemvindo Sequeira), as irmãs beatas, Cinira (Rosane Gofman) e Amorzinho (Lília Cabral), a misteriosa Mulher de Branco, os casais Timóteo (Paulo Betti) e Elisa (Tássia Camargo), a amante "teúda e manteúda" de Modesto Pires (Armando Bógus), Carol (Luiza Tomé), entre tantos outros.

Para dar mais realismo ao enredo, foram desenhados mais de mil figurinos para a novela, além de pesquisa de expressões citadas na obra de Jorge Amado e termos coloquiais da região, para que as personagens falassem com sotaque e utilizassem o vocabulário nordestino. A fictícia Santana do Agreste, cidade a qual foi cenário para a produção era composta por 46 prédios, 2 igrejas, 8 ruas, 2 praças, um circo abandonado e 15 ruínas. Tudo foi construído numa área de 10.000m², em Guaratiba, no Rio de Janeiro. Foi destaque a reprodução do piso das ruas de Laranjeiras, em Sergipe, feita em fibra de vidro por artesãos sergipanos.

Sem dúvida nenhuma, uma novela que merece ser vista e revista.

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