Os documentos com propostas semelhantes se avolumaram e, em 1823, após a independência, José Bonifácio de Andrada e Silva chega a falar no nome de "Brasília" para a nova capital.
Projetos de lei sobre o assunto são debatidos e a Constituição de 1891 prevê já a transferência da capital. E a Constituição de 1946 diz textualmente que "A Capital da União será transferida para o Planalto Central do País".
Finalmente, a 15 de março de 1956, o então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira propõe ao Congresso Nacional a fundação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP), a qual será chamada de Brasília.
O projeto é aprovado por unanimidade e institui-se um concurso para a elaboração de um plano-piloto de urbanização. É escolhido o projeto de Lúcio Costa e sua execução é confiada ao arquiteto Oscar Niemeyer.
Brasília é considerada, em todo o mundo, como a obra-prima de arquitetura do Século XX.
Foi construída em menos de mil dias e inaugurada a 21de abril de 1960, com uma festa extraordinária na qual celebrou missa campal um cardeal português diante da mesma cruz de ferro usada por Frei Henrique de Coimbra na celebração da primeira missa do Brasil.
O Papa João XXIII falando pelo rádio abençoou a nova cidade enquanto os sinos da Basílica de São Pedro, no Vaticano, repicavam festivamente, assim como no Planalto Central repicava o mesmo sino que, em Ouro Preto no ano de 1792, anunciava a morte de Tiradentes.
À mesma hora, vibraram os sinos de todas as igrejas em Lisboa bem como o da secular igreja de Santo Estevão, em Viena.
Trezentas mil pessoas se dirigiram à Brasília para os festejos da inauguração, com a instalação dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, respectivamente, no Palácio do Planalto, no Palácio do Congresso e no Palácio do Supremo Tribunal Federal.