Turma da arminha com a mão fica chupando dedo na Baixada

Soldados da tropa bolsonarista não arrumaram

Por Cezar Guedes em 18/11/2020 às 14:36:41
Apoiado por Alana Passos, Major Rodrigues se apresentava como

Apoiado por Alana Passos, Major Rodrigues se apresentava como

Na noite dia 28 de outubro, numa conhecida pizzaria de Nova Iguaçu, um grupo de recém-eleitos pelo PSL comemorava a vitória do presidente Jair Bolsonaro. Eufórico, um deles – o que parecia ser líder do grupo –, jogando a fumaça de seu charuto para o alto, não se conteve: "Vamos tomar a Baixada de assalto em 2020, eleger todos os prefeitos e a maioria esmagadora de vereadores". Se deram mal. O líder mais ainda, porque vai ter que gastar tempo e dinheiro para se defender das acusações de suposta participação nas fraudes da saúde estadual, no esquemão que derrubou a ele e o governador Wilson Witzel.

A primeira derrota dos "arminha com mão" veio logo no início. Eles perderam o controle do PSL e tiveram de se abrigar em legendas de aluguel. Depois disso veio uma sequência de resultados ruins, com a pá de cal sendo jogada no último domingo. No município de Queimados, por exemplo, o queridinho do grupo comandado na região pela deputada Alana Passos e pelo deputado Anderson da Margarete era o major Rodrigues, candidato a prefeito pelo PTB. Deu ruim para ele: apenas 8,36% dos votos.

Em São João de Meriti Charles Batista, do Republicanos, se apresentava como o candidato da família Bolsonaro e não arrumou nada com isso, a não ser a antipatia do povo, por conta de vídeos apontando armas e o comportamento arrogante nas urnas. Em Nova Iguaçu o pessoal da arminha com a mão nem candidatura própria conseguiu ter, e não deu para eleger sequer um vereador.

No município de Mesquita mais vexame. Abrigada no PSDB, a bolsonarista Dra Thayana passou vergonha. A representante da nova política somou 1.660 votos, uma ninharia em se tratando de uma candidata a prefeita.

Com muita arrogância e nenhum jogo de cintura, os "arminha com a mão" vão ter de repensar suas ações, despir do personagem que incorporaram e ter humildade suficiente para aprenderem que a política não é velha nem nova, é política, e é feita na base do diálogo e respeito às ideias opostas. Não com a cara amarrada e punhos cerrados, como se quisessem intimidar alguém.

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