Proposta de impeachment contra governador avança na Alerj

Por Cezar Guedes em 02/06/2020 às 20:13:59

A abertura de impeachment de Wilson Witzel é inevitável. É o que se pode tirar da reunião do colégio de líderes na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) transmitida pela primeira vez por videoconferência, nesta terça-feira (2).

Contra o governador, cujo governo tem sido marcado por denúncias de corrupção no setor de Saúde, pesam descontentamento de praticamente toda a Assembleia. Sobraram críticas e avisos.

"O governador nunca respeitou o parlamento, temos todas as evidências para dar prosseguimento ao impeachment e afastá-lo do cargo", disse o bolsonarista Filippe Poubel.

O pedetista Thiago Pampolha também foi duro, disse que o governo perdeu a legitimidade e chamou de "governador em exercício" Lucas Tristão, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico que é o homem-forte de Witzel.

"Tristeza ver o governador perder a capacidade de liderar. Ele abraçou Lucas Tristão e virou as costas para o parlamento e a população do Estado do Rio", disse o jovem deputado, que está desde 2010 na Alerj.

Para Anderson Moraes, o momento é de agilizar o processo de impeachment e buscar punições aos envolvidos em fraudes nos contratos emergenciais da covid-19. "A Alerj precisa acelerar a responsabilização de todos aqueles que causaram prejuízos a tantas famílias. Quando você desvia da saúde, são vidas perdidas. E é isso que tem acontecido no meio de uma pandemia", afirmou o bolsonarista.

Jorge Felippe Neto (PSD) – que já foi da base do governo - também foi direto: "Não adianta o governador tentar cooptar deputados que o grito de independência será dado", avisou.

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