OS que vai substituir a Mahatma Gandhi em Nilópolis e Paraíba do Sul teria ligações com a instituição hoje com o "filme" queimado no rio

Por Cezar Guedes em 16/11/2021 às 10:15:00

Originária da Bahia, a organização social Instituto de Saúde Nossa Senhora da Vitória (INSV) – nome fantasia da razão social Santa Casa de Misericórdia de Oliveira dos Campinhos – foi escolhida pela Secretaria Estadual de Saúde para administrar dois hospitais que estavam sendo geridos pela Associação Mahatma Gandhi, mas o que circula pelos corredores da secretaria é que tudo teria ficado em casa, por conta de um gestor de contratos que teria ligações com as duas instituições.

A OS INSV foi declarada vencedora dos processos licitatórios abertos através dos editais 010 e 011, com valores globais de R$ 87.805.482,86 e 78.578.484,76, respectivamente. O edital 010 refere-se a gestão do Hospital de Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia da Baixada Fluminense, localizado em Nilópolis, ofertando um contrato de 13 meses de prestação de serviços. Já o edital 011 diz respeito ao Hospital Dona Lindu, também especializado em traumatologia e ortopedia, que funciona em Paraíba do Sul.

Prejuízo de R$ 10 milhões – Gente que opera no lucrativo mercado de gestão terceirizada no setor de saúde no estado do Rio de Janeiro diz que Associação Mahatma Gandhi estaria com o filme queimado junto ao governo fluminense e caído em desgraça com o deputado Luiz Antonio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho (PP-RJ), que tocaria o apito mais agudo na Secretaria Estadual de Saúde.

Os ventos contrários começaram a soprar em desfavor da Mahatma Gandhi em junho de 2020, quando o Ministério Público revelou ter encontrado na licitação realizada pelo governo fluminense para escolher uma organização social para gerir o Instituto Estadual do Cérebro (IEC). O MP apontou uma "interferência ilegal", que teria causado prejuízo de R$ 10 milhões aos cofres públicos.

De acordo com o que foi apurado pelo Ministério Público, a organização social apresentou a melhor proposta, mas foi desclassificada, mas na licitação foi exigido o Certificado de Registro Cadastral, documento que não é mais necessário.

*O espaço está aberto para manifestação das instituições citadas na matéria.

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