JUÍZA AFASTA PREFEITO DE ARRAIAL DO CABO

Por Cezar Guedes em 15/12/2020 às 21:35:57
Renato Vianna é acusado de prejudicar transição de governo e desmantelar a máquina pública

Renato Vianna é acusado de prejudicar transição de governo e desmantelar a máquina pública

A juíza Juliana Gonçalves Figueira Pontes acaba de afastar do cargo o prefeito de Arraial do Cabo, Renato Vianna. Seu vice, Sergio Lopes de Oliveira Carvalho, já foi convocado para assumir. Contra Vianna pesam uma série de acusações como ocultação e omissão de dados ao prefeito eleito por conta da transição administrativa; desmonte da máquina administrativa e de serviços públicos essenciais, além de atos, segundo o Ministério Público "eivados de nulidade e irregularidades como dispensa de licitação, decreto para fins de desapropriação e contratos públicos celebrados.
O MP foi informado de que Vianna nas últimas semanas têm dispensado em massa servidores, paralisando assim serviços públicos.Quatro dias após as eleições, na edição nº 205 do Diário Oficial, em 19 de novembro, foram publicadas, ao menos, 260 portarias de exoneração de ocupantes de cargos comissionados, de uma só vez, número bastante significativo para um município do porte de Arraial do Cabo, de acordo com o MP.
No mesmo embalo, o governo de Vianna rescindiu milhares de contratos temporários, em todas as áreas da administração, incluindo Assistência Social, Guarda Municipal, Fiscalização de Posturas e Unidades de Saúde. Pelas denúncias do MP,
houve substituição da Procuradora-geral do Município, sendo seguida de exoneração/substituição de quase toda a equipe da Procuradoria do Município, bem como substituição na presidência da COMAP – Companhia Municipal de Administração Portuária, sendo seguida da exoneração/substituição de quase toda a direção da entidade. Outra alteração relevante se deu no IDAC – Instituto de Desenvolvimento de Arraial do Cabo, onde foram nomeados novos membros da Comissão Especial de Licitação, com data retroativa.
O rol de denúncias engloba atos administrativos com indícios de irregularidade". Atos emitidos em caráter de urgência, mas que inadequados em períodos de pandemia, como vive o Município. Entre eles está a dispensa de licitação para serviços em prazo inferior a 60 dias, notadamente de serviço de recarga de toners para a Secretaria Municipal de Administração.
Por conta de supostas irregularidades, o MP processou Vianna na lei de improbidade administrativa.
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