O vale-tudo pelo poder em Itatiaia: O que pretendia Dudu ao esconder de Lewandowski o DRAP indeferido?

Por Cezar Guedes em 07/09/2021 às 20:58:22

Quanto vale ser prefeito de Itatiaia? A posse da caneta de chefe do Executivo de uma das cidades com maior arrecadação per capita do Brasil justificaria a tentativa de ludibriar um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para reavê-la?

Talvez a sanha do ex-prefeito Eduardo Guedes ajude a responder estas perguntas, embora não justifique um possível, e desnecessário, constrangimento que o político pode ter submetido o ministro Ricardo Lewandowski do STF ao tentar retomar liminarmente o controle administrativo do município do Sul Fluminense sem levar ao conhecimento do magistrado o escândalo da fraude na convenção do PSL.

No evento foi definida a participação da legenda na chapa encabeçada por Dudu, com Sebastião Mantovani, o Jabá, sendo indicado para vice. Só que a tal convenção ficou marcada por uma série de irregularidades, inclusive por assinaturas de filiados que não tinham comparecido, e, inclusive, pela a falsificação da assinatura de uma filiada já falecida, vícios insanáveis responsáveis pelo indeferimento do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) da coligação "Pra Fazer Ainda Mais", de Dudu e Jabá.

Lewandowski, que no último dia 20 de agosto suspendeu a eleição suplementar prevista para o próximo dia 12, embora não tenha entregado a "caneta de ouro" de Itatiaia para Dudu, deverá reanalisar o recurso, ciente de que o ex-prefeito já chegou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impugnado no processo do DRAP, antes mesmo de sofrer um segundo indeferimento, relacionado ao terceiro mandato, processo no qual Dudu se baseou para tentar uma "canetada salvadora", escondendo do ministro o indeferimento do DRAP, que já está quase transitado em julgado no TSE e que não caberia recurso ao STF por não ser matéria constitucional.

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