Ministério Público recomenda força tarefa contra crimes ambientais e construções irregulares em Búzios

Por Cezar Guedes em 15/12/2023 às 15:43:29

Armação dos Búzios terá que fazer um esforço concentrado para impedir o avanço de construções irregulares, invasões de terra e crimes ambientais no Município. É o que recomenda as promotorias de justiça de Búzios e de Cabo Frio. A força tarefa, composta por Guarda Municipal, gestão ambiental e urbanística e órgãos de segurança pública, deverá ser criada em 30 dias. Os integrantes dessa FT deverão ser informados ao MPRJ com discriminação de função e órgão de lotação.

A medida requer que, ao identificar uma construção irregular de muros (sem qualquer alvará) com indício de prática de crime ambiental em contexto de invasão de terras, a força-tarefa promova, imediatamente, a demolição da obra em questão.

Nos casos de crime ambiental, o documento orienta a apreender os instrumentos utilizados, inclusive maquinário de grande porte, e encaminhe imediatamente à 127ª Delegacia de Polícia para confecção do flagrante. Essas apreensões deverão ter local fixo, designado pela Prefeitura, para armazenamento.

A ação foi adotada após a Promotoria tomar conhecimento da existência de diversos grupos criminosos que se dedicam à invasão de terras em Búzios. De acordo com as investigações instauradas, primeiramente esses grupos ocupam irregularmente terrenos privados e neles praticam diversos crimes ambientais, como supressão de vegetação nativa, queimadas e dano à área de preservação permanente.

Em seguida, os ocupantes constróem nesses terrenos muros sem autorização - violando diversas leis urbanística -, baseados em licenças e declarações falsas que supostamente comprovam ocupação de anos no local. Com isso, essas áreas sofrem alienação e, através de contratos ilegais, o grupo "vende" as construções irregulares a vítimas particulares. Ainda de acordo com as investigações, grande parte das invasões ocorre em áreas de proteção ambiental e unidades de conservação.

A Prefeitura de Búzios tem até 20 dias, a contar do recebimento da Recomendação, para informar ao MPRJ se acatará as orientações legais apontadas no documento.

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