Jaguatirica e onça-parda são flagradas pelo Inea no Parque Estadual Cunhambebe

Por Marina Araújo em 29/07/2023 às 04:01:30

O Parque Estadual Cunhambebe (PEC) — unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), localizada em Mangaratiba — recebeu a visita de dois animais neste mês de julho. No dia 18, uma jaguatirica (Leopardus pardalis) foi registrada por uma das armadilhas fotográficas espalhados pelo território do parque. Já no dia 20, foi a vez de uma onça-parda (Puma concolor) ser avistada.

A primeira ocorrência documentada de uma onça-parda no parque ocorreu em junho, enquanto a presença de uma jaguatirica foi percebida pela primeira vez neste mês. Os registros são possíveis devido à intensificação do monitoramento tecnológico na unidade de conservação.

"A aliança entre uma série de novas estratégias em prol da conservação ecológica e profissionais altamente capacitados nos permite proteger de forma ainda mais efetiva a biodiversidade e os patrimônios ambientais fluminenses", afirmou o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.

A presença das espécies é um indicador de que as florestas da unidade constituem ambientes saudáveis, que possibilitam abrigar animais essenciais para o funcionamento adequado dos ecossistemas, já que as duas espécies encontradas são classificadas como "topo de cadeia" e "bioindicadoras".

Com hábitos solitários e noturnos, as jaguatiricas vivem em florestas, campos, savanas e regiões alagadas e se alimentam principalmente de pequenos e médios vertebrados. Já a onça-parda, maior felino da América do Sul, alimenta-se de animais silvestres de portes variados e exerce papel vital na manutenção da integridade dos ecossistemas onde ocorre.

Sobre a unidade de conservação

O Parque Estadual Cunhambebe (PEC) abrange parte dos municípios de Angra dos Reis, Mangaratiba, Rio Claro e Itaguaí, possuindo uma área de 38.053 hectares. A finalidade principal da criação do PEC, que ocorreu no ano de 2008, foi assegurar a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica da região sul fluminense da Serra do Mar, permitindo a conectividade entre os maciços da Bocaina e do Tinguá, preservando montanhas, cachoeiras e demais paisagens notáveis. Trata-se de uma unidade de conservação com papel fundamental para garantir a conservação de uma das principais fontes de abastecimento de água da população do sul do Estado do Rio, além de promover a proteção da fauna e flora nativa e propiciar a pesquisa científica.

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