Superintendente do HGG se pronuncia sobre suspeita de quadrilha de médicos-fantasmas no hospital de Campos

A Comissão Especial de Combate à Desordem Urbana da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) denunciou irregularidades no Hospital Geral de Guarus (HGG), em Campos dos Goytacazes. Segundo informações compartilhadas em audiência pública pelos deputados Alan Lopes (PL), Filippe Poubel (PL), e Rodrigo Amorim (PTB), responsáveis pela fiscalização, a suspeita é de que esteja em atividade no hospital uma quadrilha de médicos-fantasmas, que recebem salários através de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), sem a comprovação de atendimentos à população.

De acordo com a investigação, um médico que reside em Vitória da Conquista, na Bahia, estaria envolvido no esquema. A coordenadora do HGG admitiu que o médico em questão "empresta" o seu nome para um outro profissional trabalhar no hospital. Ela foi encaminhada para a 146ª DP, onde admitiu que outros médicos também fazem parte da fraude.

O deputado Filippe Poubel detalhou outras irregularidades no hospital, como folhas de ponto que foram encontradas já preenchidas em datas futuras e outras — referentes ao mês de outubro — completamente em branco. Também foram expostos áudios da coordenadora convocando os médicos a assinarem as folhas, por conta da fiscalização que seria realizada pelos deputados.

O caso foi levado à 146ª DP, onde a ocorrência foi registrada. Além disso, a comissão da Alerj vai apresentar denúncia ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

Em vídeo publicado nas redes sociais, o superintendente do Hospital Geral de Guarus (HGG), Vítor Mussi, se pronunciou sobre o caso. Ele relata que os parlamentares foram até o local truculentamente para investigar a gestão do hospital. "Não encontraram aqui pacientes internados em corredor, não encontraram pacientes sem assistência, não encontraram o hospital sem medicamento, sem insumos. Encontraram, sim, um hospital com centenas de funcionários dando o melhor de si para a melhoria da assistência à população, pacientes sendo assistidos com protocolo, com decência. Encontraram uma nova emergência, encontraram a construção de uma clínica de hemodiálise, um novo CTI, novos equipamentos. Um hospital que, na nossa gestão, teve mais de 150 mil atendimentos, que por mês tem atendido 5 mil pessoas", destacou Mussi.

O superintendente pontuou que os fatos divulgados pelos deputados serão investigados para que sejam tomadas as medidas administrativas cabíveis, sem dano ao erário público e sem desassistência.

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